segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Rien

"Pas d'inquiétude pas de prélude
Pas de promesse à l'éternel"

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Sujeito

adj. Dependente, submisso, subordinado: todos estão sujeitos à mesma lei. / Fig. Obediente, dócil, escravizado, cativo, dominado: sentimentos sujeitos aos caprichos dela. / Exposto: fica sujeito ao ridículo. / Inclinado, predisposto: sujeito à embriaguez. / Que comporta, suscetível de: texto sujeito a modificações. / &151; S.m. Vassalo, súdito. / Pessoa indeterminada, ou cujo nome não se menciona: esteve um sujeito à sua procura. / Gramática. Termo da oração a respeito do qual se enuncia alguma coisa. / Filosofia. Espírito que conhece, em relação ao objeto que é conhecido. / Direito. Pessoa vinculada a uma relação jurídica. / Bras. Designação que os sertanejos davam aos escravos.



Você Polidoro, é familiar ao Sr. Aurélio?

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Muito

Muito é sempre muito

Mas muito pode aumentar contrastes

Grandes ou pequenos

Eles podem ficar maiores do que deviam

Muito não devia ser diminuido, abreviado

É da sua natureza a fartura

Mas há no mundo algo que aumente o muito?

Muita coisa há de se aprender com muitas outras ainda.

O muito pode ser perigoso

O muito pode ser fantástico.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Some

Someday
Somewhere
Somehow
It will happend
(with some luck)

quarta-feira, 28 de julho de 2010

terça-feira, 13 de julho de 2010

No meio do caminho...

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei deste acontecimento
na vida de minhas retinas tão fadigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra

Carlos Drummond de Andrade (1928)

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Back

Are we back to that?
No, I refuse this idea, I won't turn it into a real fact.

As I never turned my back to anyone,
I can not understand how they could do it to me.

As I never regret anything from the past,
I don't wanna look back, neither go back.

That's up to me.
And I must carry all this weight and all this pain on my back.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Adiamento


      "Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã...
      Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã,
      E assim será possível; mas hoje não...
      Não, hoje nada; hoje não posso.
      A persistência confusa da minha subjetividade objetiva,
      O sono da minha vida real, intercalado,
      O cansaço antecipado e infinito,
      Um cansaço de mundos para apanhar um elétrico...
      Esta espécie de alma...
      Só depois de amanhã...
      Hoje quero preparar-me,
      Quero preparar-rne para pensar amanhã no dia seguinte...
      Ele é que é decisivo.
      Tenho já o plano traçado; mas não, hoje não traço planos...
      Amanhã é o dia dos planos.
      Amanhã sentar-me-ei à secretária para conquistar o mundo;
      Mas só conquistarei o mundo depois de amanhã...
      Tenho vontade de chorar,
      Tenho vontade de chorar muito de repente, de dentro...

      Não, não queiram saber mais nada, é segredo, não digo.
      Só depois de amanhã...
      Quando era criança o circo de domingo divertia-rne toda a semana.
      Hoje só me diverte o circo de domingo de toda a semana da minha infância...
      Depois de amanhã serei outro,
      A minha vida triunfar-se-á,
      Todas as minhas qualidades reais de inteligente, lido e prático
      Serão convocadas por um edital...
      Mas por um edital de amanhã...
      Hoje quero dormir, redigirei amanhã...
      Por hoje, qual é o espetáculo que me repetiria a infância?
      Mesmo para eu comprar os bilhetes amanhã,
      Que depois de amanhã é que está bem o espetáculo...
      Antes, não...
      Depois de amanhã terei a pose pública que amanhã estudarei. Depois de amanhã serei finalmente o que hoje não posso nunca ser.
      Só depois de amanhã...
      Tenho sono como o frio de um cão vadio.
      Tenho muito sono.
      Amanhã te direi as palavras, ou depois de amanhã...
      Sim, talvez só depois de amanhã...

      O porvir...
      Sim, o porvir..."

        Álvaro de Campos - Fernando Pessoa

    sexta-feira, 14 de maio de 2010

    Demora

    Demorei a desfazer as minhas malas do passado
    A deixar de fazer das lembranças, melancolia
    Resistência firme à desistência

    Então, comprei passagens para o futuro
    Quis acelerar relógios e reger a minha própria sinfonia
    Demorei também a voltar desta estrada

    O presente agora é o meu porto
    Onde durmo manhãs inteiras
    Entediadas e demoradas tardes a fio

    E sou impedida de tantas coisas
    Que esta demora as vezes angustia
    Enquanto outros barcos dão certa esperança.

    Relativas.

    quarta-feira, 14 de abril de 2010

    Shivers



    Caro Polidoro,

    Muitos arrepios para você!

    quarta-feira, 7 de abril de 2010

    Dreamless

    Last night was a night without dreams.

    Even going to bed hopeful of a calm and refreshing sleep, I couldn't close my eyes when old nightmares came over to scare me off.

    Meanwhile I had to face my solitude as I was warming myself under my own covers.

    Looking to my wet pillows and waiting for that desired embrace.

    Dreaming about the most wonderful of all dreams.

    sexta-feira, 2 de abril de 2010

    Incertezas Inconscientes

    Serão as incertezas sonhos?
    Sonhar com as incertezas são sinais inconscientes?
    Sinais da sua consciência que, acordada, você não lhe credita a devida importância?

    Veladas.

    Que você transforma em certezas futuras.
    Que sustentam seus planos.
    Que resiste ao seu mundo.

    Mútuo.



    terça-feira, 23 de março de 2010

    [Dicionário]

    Futuro


    s.m. O tempo que está por vir, a existência que se há de seguir à atual. / Destino. / Diz-se de cotação de mercadoria a preços que arriscam os que terá após produzida. // Gramática Futuro do presente, tempo do verbo que se refere a um fato ainda por vir. // Futuro do pretérito, tempo do verbo que se refere a um fato por vir, condicionado a outro fato a ele anterior. // Fam. Dar futuro, maneira de dizer que uma coisa pode ser proveitosa, pode trazer vantagem. / &151; Adj. Diz-se do que não é ainda mas pode ou deve vir a ser. // &151; loc. prep. De futuro, ou para o futuro, de agora em diante, num tempo que ainda há de vir.


    Ele ainda há de chegar Caro Polidoro...

    segunda-feira, 15 de março de 2010

    Please, don't watch me dancing

    Quebra-nozes,

    Sua bailarina não dança.
    Não mais como na infância e nas recordações
    em que o palco era expectativa e sonho
    em que a vida era uma eterna fantasia.

    Hoje a bailarina sonha
    em expectativas infantis
    que o palco seja a vida
    de danças fantásticas
    e eternas recordações ao seu lado.

    Simples como pode ser
    um conto de fadas ou uma história de amor
    que, com a sorte dos tempos de outrora,
    será observado por uma fada açucarada...


    quarta-feira, 10 de março de 2010

    Azul

    O Desjejum do Cego (1903).Pablo Picasso (1881-1973).Óleo sobre tela , 70 x 70 cm.The Metropolitan Museum of Art (Nova York)


    A beleza pode ser azul.
    Emoção.
    Hoje é um dia belo.
    Atenção,
    Ainda estamos no desjejum,
    e ainda não podemos ver
    (a beleza?)
    que está a nossa frente.

    domingo, 7 de março de 2010

    Parasita

    Aqui, estamos infestados deles
    Roubam-nos a luz, o doce, o sossego
    Moram nos nossos espaços
    Transitam e voam por todos os cantos
    Aqui, eu sou apenas mais um deles

    Polidoro, be carefull where you stand!


    segunda-feira, 1 de março de 2010

    Águas de Março

    "É pau, é pedra, é o fim do caminho
    É um resto de toco, é um pouco sozinho
    É um caco de vidro, é a vida, é o sol
    É a noite, é a morte, é o laço, é o anzol

    É peroba do campo, é o nó da madeira
    Caingá, candeia, é o MatitaPereira
    É madeira de vento, tombo da ribanceira
    É o mistério profundo, é o queira ou não queira

    É o vento ventando, é o fim da ladeira

    É a viga, é o vão, festa da cumeeira
    É a chuva chovendo, é conversa ribeira
    Das águas de março, é o fim da canseira

    É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
    Passarinho na mão, pedra de atiradeira
    É uma ave no céu, é uma ave no chão
    É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão

    É o fundo do poço, é o fim do caminho
    No rosto o desgosto, é um pouco sozinho
    É um estrepe, é um prego, é uma ponta, é um ponto
    É um pingo pingando, é uma conta, é um conto

    É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
    É a luz da manhã, é o tijolo chegando
    É a lenha, é o dia, é o fim da picada
    É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada

    É o projeto da casa, é o corpo na cama
    É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
    É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
    É um resto de mato, na luz da manhã

    São as águas de março fechando o verão
    É a promessa de vida no teu coração

    É uma cobra, é um pau, é João, é José
    É um espinho na mão, é um corte no pé

    São as águas de março fechando o verão,
    É a promessa de vida no teu coração

    É pau, é pedra, é o fim do caminho
    É um resto de toco, é um pouco sozinho
    É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
    É um belo horizonte, é uma febre terçã

    São as águas de março fechando o verão
    É a promessa de vida no teu coração
    pau, pedra, fim, caminho
    resto, toco, pouco, sozinho
    caco, vidro, vida, sol, noite, morte, laço, anzol

    São as águas de março fechando o verão
    É a promessa de vida no teu coração."

    Tom Jobim

    Nossas últimas águas de março juntas, amigo Polidoro...

    sábado, 20 de fevereiro de 2010

    Altern/ânsias

    Reviro
    o corpo
    o estômago
    o todo

    alterno
    entre o in e o out
    entre o bem e o mal
    entre o up e o down

    visto
    como novo e o velho
    com o novo e o velho
    e

    dispo (e dissipo)
    as dores
    as mantas
    as ânsias

    volto.

    segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

    Dejà Vu

    O destino se repete neste ano e no outro,
    assim como hoje, ontem e amanhã.
    Estarei repetindo também o meu destino?
    Mas algo me diz,
    que a feliz tranqüilidade em mim,
    já ultrapassa qualquer Dejà Vu.


    segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

    Pé!

    De pé em pé,
    Discreto
    De pé,
    Direito,
    A pé,
    Direto,
    Aos pés
    ...

    Feliz amigo Polidoro!